Porque puxam os nossos cães?

Andar, educadamente, ao nosso lado enquanto passeamos é um dos comportamentos mais complicados que pedimos aos nossos cães.

Todos nós já vimos donos serem "passeados" pelos seus cães (ou até fomos nós próprios). Do ponto vista dos cães, e quando toca a passeios na rua, nós somos lentos e aborrecidos e quando puxam, normalmente, conseguem o que querem.

Nós "arrastamo-nos" pelo passeio esperando que eles se mantenham calmos ao nosso lado. Os cães querem correr, perseguir objectos em movimento, cheirar, enfim, responder a uma variedade incontável de estímulos proporcionados pelo meio ambiente. Nós queremos que eles os ignorem e fiquem ao nosso lado, calmos. Quando toleramos que puxem a trela estamos a ensinar-lhes que se puxarem vão onde querem, por outras palavras, puxar é recompensado! Quanto mais tarde pararmos este comportamento mais difícil vai ser conseguir que o nosso cão não nos "passeie" pela rua fora.

Explicarei como pudemos ensinar os nossos cães a caminhar ao nosso lado em próximos tópicos, tendo em conta vários objectivos. Não poderemos usar o mesmo método para ensiná-los para o rigor do desporto canino ou para simples passeios pelas redondezas...

Marco Matos

Bom dia,

Para mim, este tema continua a ser de difícil execução.
O meu cão é um Cavalier King Charles Spaniel com 16 meses.

É um cão muito ativo na rua e não consegue passear ao lado de forma calma. Pára para cheirar tudo e quando vê outro cão ou pessoa fica imediatamente "vidrado".

Não é fácil passeá-lo, porque está sempre a puxar a tentar seguir o caminho que mais lhe convém.

Alguém me pode ajudar na melhor forma de mudar este comportamento?

Os seus principais focus de distração são:
- os cheiros, que o levam ao extremo de puxar até conseguir chegar onde pretende;
- As pessoas, porque é um cão muito dócil;
- Os outros cães, querendo brincar.

Já agora, no que respeita aos outros cães, existe um comportamento que gostaria de trabalhar, pois quando os outros cães o começam a cheirar ou interagir, ele senta-se e encolhe-se. Não aparenta ser um comportamento de medo, caso contrário ele não se aproximaria (acho...), mas sim de submissão muito marcada no seu comportamento. O que posso fazer para trabalhar este comportamento?

Obrigado,
Rui Simões